Coisas que Aprendi em 2009

O ano de 2009 já está saindo do palco da existência e deste ano ficarão apenas algumas memórias e as coisas aprendidas. Algumas coisas interessantes foram aprendidas e descobertas neste ano, as quais eu gostaria de compartilhar com vocês:
- Descobri que desejamos ardentemente trabalhar quando estamos desempregados; mas que desejamos ardentemente ficar à toa em casa quando estamos trabalhando.
- Descobri que, no trabalho, às vezes os que são aparentemente “legais” verdadeiramente não são – e os que aparentemente não são, no fim das contas são.
- Descobri que em multinacionais a filosofia de trabalho (se é que se pode chamar isto de “filosofia”) é “ferre alguém se este alguém errou, senão o ferrado será você”.
- Descobri na prática que estagiários são escravos... mas descobri também que esta é uma escravidão boa, pois gera aprendizado.
- Voltei a descobrir que trabalhar e fazer faculdade ao mesmo tempo é uma jornada desgastante e que não raro deixamos a desejar em uma coisa ou na outra.
- Descobri que matar aula de Matemática Financeira para assistir a um show do Angra pode ter conseqüências graves no fim do semestre letivo (reprovação).
- Descobri que meus colegas de trabalho e de faculdade concentram as “alegrias” de suas vidas em barzinhos, festas e churrascos, onde “jogam conversa fora”, bebem e voltam para casa sem nenhum enriquecimento intelectual.
- Após descobrir o ponto acima, descobri que na verdade não tenho amigos nem no trabalho, nem na faculdade – também descobri que tais não-amizades não são ruins de forma alguma (é só me manter longe o suficiente delas).
- Descobri que, à parte das enriquecedoras conversas que tenho com minha namorada, os bons papos acontecem na maioria das vezes via internet (lugar onde podemos filtrar as pessoas com as quais desejamos conversar).
- Descobri que minha namorada é sensacional e insubstituível (duas palavras que a definem bem) e que estar com ela é das coisas mais prazerosas, felizes e enriquecedoras deste mundo.
- Descobri que tenho coragem suficiente para raspar minha cabeça após deixar meu cabelo crescer por quase três anos – mas descobri também que nos arrependemos depois de agir assim.
- Descobri que criticar pessoas famosas dá IBOPE (meu blog pulou de uma média de 20 visitantes diários para 90 visitantes diários depois que escrevi uma carta criticando o Silas Malafaia).
- Depois de descobrir o ponto acima, comecei a fazer algumas observações e concluí que muitos “críticos” não são críticos de fato: são pessoas que convenientemente só enxergam defeitos em pessoas e instituições de status "estratégico" apenas com o intuito de serem lidas e aplaudidas (são pessoas carentes de aplausos).
- A descoberta acima me deixou em alerta, pois descobri que não quero ser assim. E mais: não apenas não quero ser assim, mas não quero ser associado a este tipo de pessoas (razão pelo qual cortei quaisquer relações com o blog GENIZAH – do idiota Danilo Fernandes).
- Descobri que a Apologética cristã está contaminada pelo vírus do “critique o argumento X sem estudá-lo, afinal, se o argumento vai contra a existência de Deus ele tem de estar completamente errado”.
- Descobri também que existe certa ostentação por trás do “ser apologeta”, algo que faz com que cada vez mais pessoas despreparadas se achem os verdadeiros “William Craig’s” e acabam por fim prejudicando a credibilidade intelectual do Evangelho.
- Descobri que às vezes agente pensa estar certo... aí pensamos, refletimos, filosofamos e então chegamos à conclusão que estamos certos mesmo!
- Descobri que a maior blasfêmia para os evangélicos é criticá-los. Tais pessoas simplesmente se consideram corretas todo o tempo e, em razão disto, não pode haver qualquer comentário crítico sobre suas ações. Tal procedimento é nojento e quero me manter o mais longe possível deste tipo de pessoa.
- Descobri que coisas impossíveis podem acontecer (tipo o Fluminense não ser rebaixado).
- Também descobri que coisas praticamente possíveis podem, no fim das contas, não acontecer (vide Cruzeiro na final da Libertadores).
- Descobri alguns motivos pelos quais eu não gosto de música evangélica (alguns destes foram explicitados em textos deste blog), e me “tranqüilizei” espiritualmente com estas descobertas.
- Outro dia eu vi um pregador de rua esbravejando aos quatro ventos... pregando para quem queria ouvir (ninguém). Sua fala não tinha eloqüência, nem sofisticação. Era simples. Por alguns instantes o critiquei em minha mente, mas, logo depois pensei “Puxa! Quem sou eu para criticá-lo? Eu não sou digno nem de desamarrar as sandálias (sapatos) dele!”. E aí descobri que Deus não é tão mesquinho quanto nós, e nos olha sem preconceitos.
- Descobri que sou bom em criticar os erros dos outros, mas que sou péssimo em lidar com meus próprios defeitos.
- Descobri que ficar sem assistir Chaves dá saudade.
- Descobri que se eu tiver com dinheiro no bolso, eu gasto.
- Descobri que as partes que eu mais amo no meu corpo são meus olhos e meus ouvidos (pois a maior parte do dinheiro que gasto é com livros, CDs e DVDs).
- Descobri que escrever livros é fácil e prazeroso (o difícil e chato é conseguir editoras para publicá-los).
- Descobri (eu já sabia) que quanto mais aprendemos mais duvidas surgem. Descobri que o termômetro do conhecimento é medido pela quantidade dúvidas que temos, não pela quantidade de certezas.
- Por fim, descobri que se você leu este texto até aqui é porque você tem muita paciência e (ou) gosta muito deste blog.
Um abraço e feliz natal!
Eliel Vieira
eliel@elielvieira.org

DESCONSTRUINDO por Eliel Vieira está licenciado sob Creative Commons Attribution.
- Descobri que desejamos ardentemente trabalhar quando estamos desempregados; mas que desejamos ardentemente ficar à toa em casa quando estamos trabalhando.
- Descobri que, no trabalho, às vezes os que são aparentemente “legais” verdadeiramente não são – e os que aparentemente não são, no fim das contas são.
- Descobri que em multinacionais a filosofia de trabalho (se é que se pode chamar isto de “filosofia”) é “ferre alguém se este alguém errou, senão o ferrado será você”.
- Descobri na prática que estagiários são escravos... mas descobri também que esta é uma escravidão boa, pois gera aprendizado.
- Voltei a descobrir que trabalhar e fazer faculdade ao mesmo tempo é uma jornada desgastante e que não raro deixamos a desejar em uma coisa ou na outra.
- Descobri que matar aula de Matemática Financeira para assistir a um show do Angra pode ter conseqüências graves no fim do semestre letivo (reprovação).
- Descobri que meus colegas de trabalho e de faculdade concentram as “alegrias” de suas vidas em barzinhos, festas e churrascos, onde “jogam conversa fora”, bebem e voltam para casa sem nenhum enriquecimento intelectual.
- Após descobrir o ponto acima, descobri que na verdade não tenho amigos nem no trabalho, nem na faculdade – também descobri que tais não-amizades não são ruins de forma alguma (é só me manter longe o suficiente delas).
- Descobri que, à parte das enriquecedoras conversas que tenho com minha namorada, os bons papos acontecem na maioria das vezes via internet (lugar onde podemos filtrar as pessoas com as quais desejamos conversar).
- Descobri que minha namorada é sensacional e insubstituível (duas palavras que a definem bem) e que estar com ela é das coisas mais prazerosas, felizes e enriquecedoras deste mundo.
- Descobri que tenho coragem suficiente para raspar minha cabeça após deixar meu cabelo crescer por quase três anos – mas descobri também que nos arrependemos depois de agir assim.
- Descobri que criticar pessoas famosas dá IBOPE (meu blog pulou de uma média de 20 visitantes diários para 90 visitantes diários depois que escrevi uma carta criticando o Silas Malafaia).
- Depois de descobrir o ponto acima, comecei a fazer algumas observações e concluí que muitos “críticos” não são críticos de fato: são pessoas que convenientemente só enxergam defeitos em pessoas e instituições de status "estratégico" apenas com o intuito de serem lidas e aplaudidas (são pessoas carentes de aplausos).
- A descoberta acima me deixou em alerta, pois descobri que não quero ser assim. E mais: não apenas não quero ser assim, mas não quero ser associado a este tipo de pessoas (razão pelo qual cortei quaisquer relações com o blog GENIZAH – do idiota Danilo Fernandes).
- Descobri que a Apologética cristã está contaminada pelo vírus do “critique o argumento X sem estudá-lo, afinal, se o argumento vai contra a existência de Deus ele tem de estar completamente errado”.
- Descobri também que existe certa ostentação por trás do “ser apologeta”, algo que faz com que cada vez mais pessoas despreparadas se achem os verdadeiros “William Craig’s” e acabam por fim prejudicando a credibilidade intelectual do Evangelho.
- Descobri que às vezes agente pensa estar certo... aí pensamos, refletimos, filosofamos e então chegamos à conclusão que estamos certos mesmo!
- Descobri que a maior blasfêmia para os evangélicos é criticá-los. Tais pessoas simplesmente se consideram corretas todo o tempo e, em razão disto, não pode haver qualquer comentário crítico sobre suas ações. Tal procedimento é nojento e quero me manter o mais longe possível deste tipo de pessoa.
- Descobri que coisas impossíveis podem acontecer (tipo o Fluminense não ser rebaixado).
- Também descobri que coisas praticamente possíveis podem, no fim das contas, não acontecer (vide Cruzeiro na final da Libertadores).
- Descobri alguns motivos pelos quais eu não gosto de música evangélica (alguns destes foram explicitados em textos deste blog), e me “tranqüilizei” espiritualmente com estas descobertas.
- Outro dia eu vi um pregador de rua esbravejando aos quatro ventos... pregando para quem queria ouvir (ninguém). Sua fala não tinha eloqüência, nem sofisticação. Era simples. Por alguns instantes o critiquei em minha mente, mas, logo depois pensei “Puxa! Quem sou eu para criticá-lo? Eu não sou digno nem de desamarrar as sandálias (sapatos) dele!”. E aí descobri que Deus não é tão mesquinho quanto nós, e nos olha sem preconceitos.
- Descobri que sou bom em criticar os erros dos outros, mas que sou péssimo em lidar com meus próprios defeitos.
- Descobri que ficar sem assistir Chaves dá saudade.
- Descobri que se eu tiver com dinheiro no bolso, eu gasto.
- Descobri que as partes que eu mais amo no meu corpo são meus olhos e meus ouvidos (pois a maior parte do dinheiro que gasto é com livros, CDs e DVDs).
- Descobri que escrever livros é fácil e prazeroso (o difícil e chato é conseguir editoras para publicá-los).
- Descobri (eu já sabia) que quanto mais aprendemos mais duvidas surgem. Descobri que o termômetro do conhecimento é medido pela quantidade dúvidas que temos, não pela quantidade de certezas.
- Por fim, descobri que se você leu este texto até aqui é porque você tem muita paciência e (ou) gosta muito deste blog.
Um abraço e feliz natal!
Eliel Vieira
eliel@elielvieira.org

DESCONSTRUINDO por Eliel Vieira está licenciado sob Creative Commons Attribution.
10 comentários:
Sim! Eu gosto muito deste blog, tenho muita paciência e muito orgulho de todas as suas descobertas!
22 de dezembro de 2009 09:56Te amo!
Bom momento para refletir. Podemos até odiá-lo, mas o ano de 2009 rendeu frutos e experiências a todos. Que 2010 seja um ano com experiências melhores e maiores que estas.
22 de dezembro de 2009 15:12Abraços.
EM 2010 EU JURO QUE TERMINO ESSE PROGRAMA..!
23 de dezembro de 2009 03:07Feliz Natal =D
23 de dezembro de 2009 12:12Seu blog é legal, porque tu parece muito comigo. Moramos perto, tenho certeza que ainda vou topar contigo.
26 de dezembro de 2009 17:29Muito mesmo. Só que é bem mais nerd e tem mais experiência em muita coisa.
Só algumas opiniões são estranhas (eu sou o Robson Cota, né), mas mesmo assim vale a pena.
Feliz 2010!
Olá, Eliel!
27 de dezembro de 2009 16:53Parabens pelo texto.
Estava dando uma olhada no seu blog e gostaria de saber duas coisas de ti:
1º) Voce escreveu um livro?
2º) As frases abaixo são suas ou se voce sitou de outras fontes. É porque tenho uma galeria de citações no orkut e se estas frases forem suas, gostaria muito de postá-las. Mas quero tambem mostrar o autor da frase.
A frase abaixo é deste texto:
"Descobri que o termômetro do conhecimento é medido pela quantidade dúvidas que temos, não pela quantidade de certezas."
Esta aqui é do texto "sou evangélico?"
"Não existia nenhuma verdade cristã que não tenha se estabelecido sem antes ter sido questionada"
Abraço!
Muito obrigado por compartilhar estes ensinamentos.
4 de janeiro de 2010 14:10Seus comentários sobre apologética são bem parecidos com o que eu penso...
11 de janeiro de 2010 04:53Fala ae Eliel, rapaz, por acaso você já terminou de escrever algum livro? estou ansioso para lê-lo. ahhh estou terminando o livro que você me indicou: A linguagem de Deus de Francis collins. Estou gostando muito. alguns conceitos em minha mente estão começando a se metamorfosearem rs rs rs
1 de fevereiro de 2010 16:20abraçao do seu fan : Getro ribeiro
Olá Getro,
1 de fevereiro de 2010 16:30Tenho 90% de um livro de apologética escrito e algumas idéias boiando em minha mente que no futuro podem vir a se tornar livros.
Estou começando neste semestre a minha graduação em Filosofia, então não sei se termino meu livro e busco alguma editora para lançá-lo, ou se espero um pouco, e edito o livro conforme os novos conhecimentos que virão daqui para a frente.
Enfim, aceito sugestões rsrs
Abraço!
Eliel
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